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terça-feira, janeiro 06, 2009

Fim de ano - 2˚ dia - parte 1

Resumindo: chegamos em JB, fomos recebidos pelos amigos, encontramos nosso "B and B" e constatei que minhas aulas de inglês com o professor zimbabweano estão dando certo. E sim, já experimentei um antílope no almoço.

Dia 28, acordamos bem cedo, a ideia de nossos anfitriões era fazer um tour, eles já tinham todos nossos passos planejados, muita sorte não? Fomos tomar um bom café da manhã, vale apena lembrar que o café da manhã por aqui são de dois tipos: continental - café, leite, frutas, cereais e torradas ou cooked - Bacon, ovos fritos, batata- frita, nuggets e ketchup... optamos pelo continental.


De lá partimos para o
Lion Park, sim estavamos de férias, fazendo passeios de turistas e nada melhor que ir ver leões africanos em um parque de leões. Diferente do Kruger Park, este é particular, todos os animais foram comprados, e por isso não estão completamente soltos em uma região.

Eles vivem em grupos pequenos, dentro de uma grande reserva e todos separados por cercas eletrificadas, sendo alimentados pelo homem. Isso viabiliza vê-los de pertinho, ao contrário do Kruger, onde é preciso ter "sorte" para encontrar os animais. No Lion Park a maioria das vezes é possível ver e chegar perto deles.


Logo na entrada passamos por um grande terreno repleto de vários tipos de antílopes. Mesmo dentro desta estrutura de parque os animais são muito grandes, e com cores muito vivas, bem diferente dos zoológicos.

Mas a atracão principal eram os leões. E lá estavam eles, separados por uma cerca. Avistamos os primeiros e para nossa surpresa eram leões brancos. Depois estudando rápidamente na Wikipédia descobrimos que eles são africanos e apenas possuem uma mutação genética, um tipo de "albinismo leonino" , mas nem por isso eram menos interessantes, pelo contrário.

Era um grupo de dois machos e várias fêmeas, ao total deveriam ser em torno de oito. Neste parque, assim como nos outros, podemos entrar com o carro e se dermos sorte andar muito perto deles, posso dizer que demos muita muita sorte, pois os leões estavam agitados e ficaram a cercar o carro. Em certos momentos a Thá ficou realmente com medo de ser atacada, pois embora estivessemos em um Jeep 4x4 gigante, os leões se mostravam muito mais fortes e velozes que nós.

Divirtam-se com as fotos!
Esta última foto é muito importante, note que quem cuida de abrir e fechar os portões é uma sul-africana, sem nenhum equipamento de segurança, ela está a pé, abre e fecha os portões e não tem nada entre ela e os leões, a não ser o portão.

Apesar de ser um parque com certeza muito rico, seus funcionários parecem não ter muitos direitos, até onde os "safaris" ajudam ou não os africanos?

Em seguida, saímos dos leões brancos e entramos na área das hienas, que estavam a brincar e a correr com um pedaço de madeira.

Mas eram muito deselegantes...

Nossa próxima visita iria mostrar toda a elegância de um animal africano, nada como ver as chitas bem de perto, no Kruger tinhamos visto uma muito grande em cima de uma árvore, ela estava a comer um alce que havia carregado para cima da árvore, mas tudo era tão longe que nem fotos conseguimos tirar. Aqui conseguimos chegar bem perto, eram quatro, uma estava separada, não sabemos ao certo, mas tudo indica que se tratava de uma femea no cio, será?
E finalmente fomos ver os leões, aqueles africanos grandes e de cara fechada! Sem comentários....

Mas o melhor ficou para o final, depois de tudo isso o parque reserva uma área onde não o carro, mas você entra a pé, ficando junto com filhotes de leões, nos divertimos muito com estes gatinhos que rasgaram minha calça jeans. Foram os 20 Rands mais bem gastos da viagem!

Este dia ainda teve muitas surpresas, mas fica para amanhã. Agora vou na despedida do B. Ele está partindo amanhã de Maputo. Como disse anteriormente, temos muitas festas, de chegadas e partidas, temos que nos acostumar a isso.

ps. Parte das fotos foram tiradas pelo Al.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Fim de ano 1˚ dia

Depois de um longo tempo na África do Sul, cá estamos de volta!
Muito a contar e muito a refletir sobre nosso vizinho africano.

Vamos começar a postar somente agora pois não tivemos como fazer isso de lá. Desde já gostaríamos de agradecer a um casal amigo que foram nossos guias turísticos nesta viagem; Al. e An, muito obrigado por todos os dias de nosso "Happy New Year"!

dia 27 - 1˚dia de viagem

Partimos de Maputo, em direção a Johannesburg dia 27 de Dezembro. O ponto onde pegamos o "chibombo" foi em frente ao Correio, aquele mesmo das cartas perdidas! A viagem durou cerca de 07 horas, com apenas uma "paragem" onde mais algumas pessoas entraram e tivemos tempo para um almoço rápido de 10 minutos.

Tínhamos algumas metas para essa semana de férias:

1 - comprar algumas coisas que em Maputo são muito caras
2 - adquirir algum artesanato sul-africano
3 - visitar 3 cidades (Johannesburg, Pretoria e Durban)
4 - resolver o problema de visto da Thá
5 - saber mais sobre a história da África do Sul

O ônibus não é assim uma "Viação Itapemerim", mas dá para ir, tem ar condicionado e tudo mais. Partimos às 7hs, seguimos pela N40, uma estrada que vai de Maputo, passa pela fronteira em Ressano Garcia, segue com o nome de N4 e nas últimas duas horas de viagem torna-se N12, sentido Johanesburg. Passamos ao lado de um dos portões do Kruger Park, o maior safari da África do Sul, onde é possível avistar da estrada Kudus, Impalas e outros Antílopes.

Essa foi a nossa rota:




Na fronteira nada de novo, um pouco de bagunça, muitas pessoas indo e vindo. O bom é que desta vez, tivemos mais tempo para as fotos. Como era final de ano, a fila era enorme. Sul-Africanos com seus carros de luxo, iates e traillers entrando em Moçambique, rumo as praias paradisíacas do Norte e do outro lado, Moçambicanos se aventurando na terra dos Afrikkans em busca de conforto, hotéis, teatros, restaurantes e bom atendimento.

A fronteira de Ressano Garcia é uma das maiores entre Moçambique e África do Sul. É por ela que passamos para fazer nossas compras em Nelspruit e para passear no Kruger Park.

Por esta placa dá para ver que a preocupação com a Cólera e com outras doenças não é muito levada a sério, vimos apenas esta em inglês, nada em português e nem sobre malária, ou outras informações.

Desta vez o trajeto que fizemos foi diferente. O ônibus nos deixou na fronteira de Moçambique e após carimbarmos nosso passaporte, atravessamos a pé para o outro lado, já na África do Sul.

Para aqueles que resolvem viajar em um sistema mais econômico, existem os "chapas" um meio de transporte não legalizado. Tratam-se de vans, muito velhas, que levam as pessoas para um ponto específico, isto é, poderíamos pegar um chapa para a fronteira e de lá um outro para JB. Não há nenhum corforto, nem segurança, é comum as histórias de chapas que quebram ou largam os passageiros no meio da estrada.

Foto da fronteira, lado sul-africano: vendedores de "comidas" e "chapas" ao fundo.

Chegando em Johannesburg (JB)

África do Sul, ao contrário de Moçambique, cultiva boa parte de seu território, durante a viagem é possível ver as plantações de cana de açúcar, laranja, todos com sistema de irrigação e muito bem cuidados. Já na estrada nota-se a diferença entre os dois países. Em Moçambique o que mais se vê são: caatinga, casas bem pequenas e "machambas" - plantações de subsistência.

Outra coisa que chama a atenção é o número de mineradoras que existe por toda a África do Sul; enormes. Montanhas de minérios, ouro, platina e outros metais. Ao redor, casas simples, feitas de telhas de zinco, onde os pobres trabalhadores vivem. Foram nestes locais que a xenofobia do segund semestre do ano passado eclodiu de maneira mais agressiva, locais afastados das cidades grandes sem infra-estrutura. Na foto ao lado uma montanha de minério de ferro em meio a paisagem.

Depois de seis horas de viagem, a estrada começou a ficar mais "urbana", com carros, e que carros, nada de carros populares, aqui a coisa é séria!

A cidade surge no
horizonte e com ela prédios, universidades, shopping centers.

Engraçado é perceber como as coisas estão invertidas para nós. Este ano buscamos passar as férias em uma cidade grande e fugir da calmaria e tranquilidadade de onde trabalhamos e vivemos. Para um paulista é muito estranho pensar assim!

Chegamos por volta das três horas da tarde em JB, nosso amigos já estavam a nossa espera e como estávamos morrendo de fome (por culpa da Thá que não deixou eu almoçar na fronteira!) fomos direto a um restaurante, o primeiro ponto turístico de JB; a estátua de Mandela ao centro de um grande complexo de lojas, restaurantes e hotel cinco estrelas.

O almoço foi muito bom: comi meu primeiro antílope com molho de cogumelos acompanhado de um excelente vinho sul-africano.

A noite fomos para o Monte Cassino, aqui o conceito de cassino é mais próximo de um centro de compras, um Shopping com inúmeras lojas, teatro. Estava em cartaz "A Bela e a Fera" da Disney. A decoração temática, lembra a Itália, com "casas, torres, fontes", muito parecido com o que eu já havia visto "em fotos". As pessoas que visitam e frequentam esse enorme espaço são sul-africanos, turistas, indianos e muçulamanos. Aqui as "mulheres ninjas", as mulçulamanas com burcas que cobrem todo o corpo e rosto, passeiam livremente, sem problemas e preconceitos.

Ao saírmos do cassino três coisas chamaram a nossa atenção:

1 - Na entrada e saída além dos costumeiros guichês que servem para pagar o estacionamento; eles usam "pregos no chão" que furam os pneus dos carros, caso o condutor não tiver o pago o estacionamento ou esteja fugindo.

2- Ao sair do cassino; o segurança pára o carro e pede ao motorista para ver as chaves. Dessa maneira ele checa se não foi feito uma ligação direta e o carro não está sendo roubado.

3 - Nas ruas é engraçado ver a vizinhança. Praticamente um muro de frente para outro muro, sem janelas ou portas. A cidade é constituída de condomínios fechados, não existem crianças nas ruas, pessoas caminhando, em alguns locais nem calçada existe, apenas muros.

Depois de nosso excelente jantar, diga-se de passagem - comemos deliciosos sushis e sashimis, fomos para o nosso B and B "Bed and Breakfast". Casas grandes, que são adaptadas para receber visitas, ou para serem alugadas a turistas. Praticamente uma Kitnet. Cada apartamento tem quarto, cozinha e banheiro totalmente equipado (torradeira, geladeira, fogão, panelas...) além de uma área de convivência, piscina, churrasqueira e estacionamento.

Após esse longo dia fomos descansar. Sem saber o que nos reservava no dia seguinte...

domingo, dezembro 28, 2008

Johannesburg aí vamos nós!

Infelizmente o Natal já se foi, e acabamos não escrevendo nada, basicamente passamos um Natal sem muito clima natalino. Por Maputo ter muitos muçulmanos esta data fica um tanto apagada.
Mas um casal de brasileiros nos salvou! Passamos o natal com eles, com direito a peru, farofa e muitas guloseimas, também fizemos um amigo secreto, onde ganhei uma cadeira de acampamento e a Thá um artesanato que depois vamos postar uma foto e vocês me digam o que acham...

A boa nova é que estou escrevendo de Johannesburg, estamos em uma viagem fantástica pela N4 uma estrada que liga Maputo a capital da África do Sul, tudo preparado para visitarmos parques, museus e tudo que uma grande cidade pode oferecer. Depois partiremos para Durban uma cidade litorânea, onde vamos passar nossa virada de ano Africana!

Ainda estamos vivendo tudo e praparando um material muito bom para postar, estamos montando um diário de viagem com fotos e depois vamos passar tudo. Garanto que nossos dias aqui estão sendo "movimentados".

Para dar um gostinho, esta é umas das primeiras fotos em johannesburg (é assim que se escreve o nome da cidade por aqui!)