Chegávamos em casa cansados, após um dia de trabalho, onde quase sempre havia feito 40 graus em Maputo. Abríamos uma cerveja bem gelada e conversávamos sobre as coisas da vida, às vezes sobre nada. Dividíamos experiências, fazíamos planos para a próxima noite, festas, baladas e jantares.
Foi também com ele que desenferrujamos nosso inglês, ouvimos rap e aprendemos sobre basquete.
Me recordo que em uma certa manhã de domingo, acordei nosso amigo com uma gritaria tremenda. Era o Carnaval de São Paulo e a Gaviões da Fiel preparava sua bateria para entrar na avenida. As 7 da manhã emocionada, chorando e aos berros cantando o hino da escola, o M. apareceu na sala, ainda sonolento perguntando o que se tratava tudo aquilo. Explicamos a ele que era o Carnaval, como se organizavam as escolas, os quesitos, o julgamento, os temas, os puxadores, as fantasias, a ala das baianas. (na verdade quem teve paciência de explicar tudo isso foi o G:)
Agora imaginem a cara do nosso amigo americano, ao ver brasileiras lindas, com corpos esculturais, semi nuas na avenida? Simplesmente ele se apaixonou pela festa. Uma espécie de feitiço…
E o melhor, agora a torcida da Gaviões da Fiel pode contar com mais um torcedor!
G. e M. cantando no Karaokê do Gil