Depois de um longo tempo na África do Sul, cá estamos de volta!
Muito a contar e muito a refletir sobre nosso vizinho africano.
Vamos começar a postar somente agora pois não tivemos como fazer isso de lá. Desde já gostaríamos de agradecer a um casal amigo que foram nossos guias turísticos nesta viagem; Al. e An, muito obrigado por todos os dias de nosso "Happy New Year"!
dia 27 - 1˚dia de viagem
Tínhamos algumas metas para essa semana de férias:
1 - comprar algumas coisas que em Maputo são muito caras
2 - adquirir algum artesanato sul-africano
3 - visitar 3 cidades (Johannesburg, Pretoria e Durban)
4 - resolver o problema de visto da Thá
5 - saber mais sobre a história da África do Sul
O ônibus não é assim uma "Viação Itapemerim", mas dá para ir, tem ar condicionado e tudo mais. Partimos às 7hs, seguimos pela N40, uma estrada que vai de Maputo, passa pela fronteira em Ressano Garcia, segue com o nome de N4 e nas últimas duas horas de viagem torna-se N12, sentido Johanesburg. Passamos ao lado de um dos portões do Kruger Park, o maior safari da África do Sul, onde é possível avistar da estrada Kudus, Impalas e outros Antílopes.
Essa foi a nossa rota:
Na fronteira nada de novo, um pouco de bagunça, muitas pessoas indo e vindo. O bom é que desta vez, tivemos mais tempo para as fotos. Como era final de ano, a fila era enorme. Sul-Africanos com seus carros de luxo, iates e traillers entrando em Moçambique, rumo as praias paradisíacas do Norte e do outro lado, Moçambicanos se aventurando na terra dos Afrikkans em busca de conforto, hotéis, teatros, restaurantes e bom atendimento.
A fronteira de Ressano Garcia é uma das maiores entre Moçambique e África do Sul. É por ela que passamos para fazer nossas compras em Nelspruit e para passear no Kruger Park.
Por esta placa dá para ver que a preocupação com a Cólera e com outras doenças não é muito levada a sério, vimos apenas esta em inglês, nada em português e nem sobre malária, ou outras informações.
Desta vez o trajeto que fizemos foi diferente. O ônibus nos deixou na fronteira de Moçambique e após carimbarmos nosso passaporte, atravessamos a pé para o outro lado, já na África do Sul.
Desta vez o trajeto que fizemos foi diferente. O ônibus nos deixou na fronteira de Moçambique e após carimbarmos nosso passaporte, atravessamos a pé para o outro lado, já na África do Sul.
Para aqueles que resolvem viajar em um sistema mais econômico, existem os "chapas" um meio de transporte não legalizado. Tratam-se de vans, muito velhas, que levam as pessoas para um ponto específico, isto é, poderíamos pegar um chapa para a fronteira e de lá um outro para JB. Não há nenhum corforto, nem segurança, é comum as histórias de chapas que quebram ou largam os passageiros no meio da estrada.

Chegando em Johannesburg (JB)
África do Sul, ao contrário de Moçambique, cultiva boa parte de seu território, durante a viagem é possível ver as plantações de cana de açúcar, laranja, todos com sistema de irrigação e muito bem cuidados. Já na estrada nota-se a diferença entre os dois países. Em Moçambique o que mais se vê são: caatinga, casas bem pequenas e "machambas" - plantações de subsistência.
Depois de seis horas de viagem, a estrada começou a ficar mais "urbana", com carros, e que carros, nada de carros populares, aqui a coisa é séria!
A cidade surge no horizonte e com ela prédios, universidades, shopping centers.
Engraçado é perceber como as coisas estão invertidas para nós. Este ano buscamos passar as férias em uma cidade grande e fugir da calmaria e tranquilidadade de onde trabalhamos e vivemos. Para um paulista é muito estranho pensar assim!
O almoço foi muito bom: comi meu primeiro antílope com molho de cogumelos acompanhado de um excelente vinho sul-africano.
A noite fomos para o Monte Cassino, aqui o conceito de cassino é mais próximo de um centro de compras, um Shopping com inúmeras lojas, teatro. Estava em cartaz "A Bela e a Fera" da Disney. A decoração temática, lembra a Itália, com "casas, torres, fontes", muito parecido com o que eu já havia visto "em fotos". As pessoas que visitam e frequentam esse enorme espaço são sul-africanos, turistas, indianos e muçulamanos. Aqui as "mulheres ninjas", as mulçulamanas com burcas que cobrem todo o corpo e rosto, passeiam livremente, sem problemas e preconceitos.
Ao saírmos do cassino três coisas chamaram a nossa atenção:
2- Ao sair do cassino; o segurança pára o carro e pede ao motorista para ver as chaves. Dessa maneira ele checa se não foi feito uma ligação direta e o carro não está sendo roubado.
3 - Nas ruas é engraçado ver a vizinhança. Praticamente um muro de frente para outro muro, sem janelas ou portas. A cidade é constituída de condomínios fechados, não existem crianças nas ruas, pessoas caminhando, em alguns locais nem calçada existe, apenas muros.
Depois de nosso excelente jantar, diga-se de passagem - comemos deliciosos sushis e sashimis, fomos para o nosso B and B "Bed and Breakfast". Casas grandes, que são adaptadas para receber visitas, ou para serem alugadas a turistas. Praticamente uma Kitnet. Cada apartamento tem quarto, cozinha e banheiro totalmente equipado (torradeira, geladeira, fogão, panelas...) além de uma área de convivência, piscina, churrasqueira e estacionamento.
Após esse longo dia fomos descansar. Sem saber o que nos reservava no dia seguinte...
6 comentários:
Opa! O ônibus não é da Itapemirim, mas é um Marcopolo fabricado aqui em Caxias do Sul-RS!
Excelente postagem, Gabriel. Estou conhecendo mais da África cada dia com o seu blog, parabéns.
Grande abraço
Ehpa!! Gostei muito disso...quase todos nos que viviamos no Maputo pasamos na fronteira...realmente e uma experiencia viajar de Moc. para Af. do Sul por causa da mudanca do terreno. E um shock total e gostei da maneira que voce descreveu sua experiencia....Feliz ano novo para voce e Tha e espero tudo de bom para voces neste ano!!
Que bela viagem, hein??
Obrigada pelo voto! :)
Beijos
Cara, seu blog é sensacional, adorei!!! Estarei sempre visitando, assim que possível visite o meu também... forte abraço!!!
Olá,
Indiquei o seu blog ao Prêmio Dardos.
"Com o Prêmio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
Este prêmio obedece a algumas regras:
1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3) Escolher outros blogs a quem entregar o Prêmio Dardos."
Saudações,
João Paulo Toledo
(http://angolajpt.blogspot.com)
Vc mencionou vinho Sul Africano, eu to tomando um sul africano ótimo e super barato aqui no Brasil. é o Two Oceans. Sempre que abro um lembro de voces! tin tin
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