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quinta-feira, julho 07, 2011

Irmãos campana que nada, agora é Aldo e Sudio Dandoen

Para os apaixonados por móveis e peças exclusivas, que tal um genuíno móvel feito com desenhos e madeiras da cidade de Maputo? Os móveis estão a ser produzidos pelo Atelier Benfica (em Maputo MZ.) e desenho do Studio Dandoen (Ab Oosterwaal) e Kuva (Aldo Tornaghi).
Os móveis seguem o desenho das grades de ferro que seguem por toda a cidade, estes padrões, aparecem em desenhos feitos em madeiras nobres como o sandalo e madeiras usadas em trasporte de cargas. 
O resultado final pode ser apreciado nos móveis fantásticos da primeira coleção. 
informações pelo facebook - KUVA



quarta-feira, setembro 22, 2010

quarta-feira, agosto 25, 2010

segunda-feira, setembro 21, 2009

Disney africano



E foi mais uma "bola fora" da mídia em Moçambique:
A índico, revista de bordo da LAM, (Linhas Aéreas de Moçambique), lançou uma matéria em tom de desafio: Quem sabe onde fica este embondeiro? Na maéria fotos de uma extrangeria relata o descobrimento de um embondeiro (baobá) fantástico: completamente esculpido com imagens da fauna africana. No final a matéria deixava em aberto o contacto apra que soubesse onde estava tal maravinha Moçambicana...

Bom acharam a árvore... um pouco longe... ela é o ponto central do parque Animal Kingdon da Disney...

Meus parabéns ao editor chefe da resvista Índico!

site da índico
site de turismo...


para quem tiver dúvidas vai ai o mapa....é só pegar um voo da LAM e ir para lá....

sexta-feira, agosto 07, 2009

Histórias infantis africanas


Se você é daqueles que viu o Rei Leão, e outras animações da Disney com base na África e ficou curioso por saber mais, ou se é apenas um apaixonado pena National Geografic, aqui vai uma boa dica:

A empresa Tiger, em parceria com a BBC de Londres está com um novo projecto de animação, serão 51 capítulos de histórias africanas: por que a girafa tem um pescoço tão grande, por que o hipopótamo não tem cabelo, e outras perguntas que a maioria das crianças se fazem.

Em sua maioria as histórias africanas são orais, são passadas de geração para geração de forma falada, o projeto Tinga Tinga irá reunir desenhistas, designs, músicos, e animadores, ao todo seram empregados cerca de 50 pessoas.

Previsto para estar pronto para o ano que vem, certamente chamará muita a atenção não só dos ingleses como de todo o mundo, lembrando sempre que em 2010 a copa do mundo sera na Áfrca do Sul.

Vamos ver o que ocorre com estas histórias, as poucas histórias que conheço são muito criativas e seguem uma linha bem diferente das que estamos abituados a ler e assistir no ocidente.

terça-feira, agosto 04, 2009

A Força de uma Imagem



Talvez a foto acima seja a mais famosa do mundo contemporâneo, a refugiada de guerra da National Geografic é sem dúvida uma das imagens mais vistas e conhecidas do mundo ocidental, e apesar disso a vida desta refugiada não mudou em nada, não era a intenção do fotógrafo, e nem dela que a imagem se tornasse tal, simplesmente aconteceu.



Mas e se uma imagem fosse produzida com esta intenção? Talvez não tivesse tanto impacto como a da refugiada, mas talvez fosse o suficiente para mudar a vida de uma pessoa.








A Oxfan testá com o projeto Cheka Kidogo, são fotografias produzidas no Congo de pessoas que assim como a refugiada da National Geografic vive uma situação de extrema.

Será que estas fotos poderiam mudar a vida de quem elas retratam?

Visite o site clicando aqui, e se gostar de alguma dê seu lance.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Você sabe o que é T.I.A?

Para aqueles que viveram em África e partiram, o som do T.I.A. tem outro sentido, This is África, é muito mais do que aparece no Blod Dimond, é um modo de viver e de se relacionar com o mundo.

O vídeo do artista budding, K'naan (Somália) cresceu na Somália da Guerra Civil. K'naan traz novas perspectivas para a frase "Isto é África", inspirado gráficos, bem como montagens de áudio e vídeo que fala a sua educação, pensamento político e de experiências. O vídeo foi filmado e dirigido por Nabil Elderkin um diretor / fotógrafo, que já dirigiu vídeos para artistas como Kanye West, Common, Will.I.AM, Seal, e John Legend.

K'NAAN "T.I.A" music video directed by: NABIL from nabil elderkin on Vimeo.




(Este vai em especial para Victor C. que sabe mais do que ninguém o que é T.I.A.)

quinta-feira, julho 16, 2009

Tropecei em um Pancho Guedes!

As vezes somos cegos, até que alguém vem e nos mostra o que está à nossa frente.

Foi assim quando meu amigo Gringo D.M. me mostrou de relance um catálogo de cartazes moçambicanos. Realmente algo fantástico! Cheguei a ver alguns exemplares no Arquivo Nacional aqui em Maputo, mas devido a falta de tempo não aprofundei mais meus estudos. Podem me cobrar, tenho que escrever algo sobre eles. Mas hoje pretendo começar a escrever sobre a segunda vinda do Gringo para Maputo, depois de exatos um ano, meu amigo retornou e novamente, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo me mostra algo fantástico.

Desta vez ele tira da mala um exemplar de um livro sobre a obra de um arquiteto Português que tem praticamente todas as suas obras em Maputo: Pancho Guedes

Nunca tinha ouvido falar sobre ele. Amigos "uspianos" e "unespianos", vai aí minha dica. É Pancho, Pancho Guedes!

Arquiteto português, (1925), viveu boa parte de sua vida em Moçambique e deixou como presente para Maputo uma vasta produção de murais, casas, prédios e esculturas.

Eu mesmo já havia tirado várias fotos de obras de Pancho, sem saber que todos aqueles projetos arquitetônicos que me chamavam atenção eram do mesmo autor.

No livro do Gringo pude ver um mapa da localização de todas as obras de Pancho aqui em Maputo, ele iria visitar todas elas, e por que não fazer o mesmo?

O que me chamou a atenção neste arquiteto em específico: ninguém fala dele por aqui, apesar de ser um potencial ponto turistico, as casas de Pancho estão como as demais: sem pintura, com buracos de ar condicionado e sem nenhum holofote.

Apesar disso é impossível passar desapercebido por paredes texturizadas, painéis coloridos e suas chaminés, lembro-me de ver uma delas e lembrar das garrafas de Morandi...

Bom a partir de hoje está marcado: passeios rápidos pela cidade a procura de Pancho e suas casa com traços de aviões, barcos e curvas surrealistas! Terei aulas de arquitetura ao ar livre, postarei aqui as imagens e tudo que achar a respeito.

abraços e até a próxima aula!

segunda-feira, junho 01, 2009

E aos poucos vamos voltando...

E aos poucos vamos voltando a escrever no nosso velho e bom amigo blog...
Hoje pude assistir a uma bela animação de Nicolas Brault, formado pela Universidade de Québeck, Nicolas criou em Hungu uma belíssia animação sobre a história "oral" do berimbau, instrumeto típico brasileiro de origem africana.
Com desenhos típicos africanos, não sei exatamente de qual etnia, mas é certo que não é da África do Sul, Moçambique, Swazi, cuto ser do Chifre Africano... me corrijam se estiver errado... a animação é belíssia e vale a pena ver outras produções dele, para achá-las basta procurar no youtube.




Segue também o Making of, para os mais curiosos... vejam como ele fez as sombras dos personagens ao chão!


segunda-feira, março 16, 2009

TRÊS em Moçambique: Adriana, Moreno e Domenico

Moreno Veloso | Adriana Calcanhotto | Domenico Lancellotti

No repertório canções de cada um deles, como “Justo agora” (Adriana), “Hoje” (Moreno), “Borboleta” (de Domenico, gravada por Adriana Partimpim), algumas parcerias e alguns autores como Paulinho da Viola, Madonna, Marina Lima, Antonio Cicero, Rodrigo Amarante e Wladimir Maiakowski.


Depois do Rio de Janeiro, no Circo Voador em 2006 e Santiago de Compostela em 2007, os dois violões, dois violoncelos, duas mpcs, três pandeiros e algumas maçãs chegam em Moçambique no teatro do Centro Cultural Universitário de Maputo, no dia 27 de março.

É só aguardar!

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Dias agitados em Maputo!

Este fim de semana promete ter dias agitados. Começou ontem a noite, logo após a aula de inglês, quando fui para o CCFM (Centro Cultural Franco Moçambicano), e assisti "Vidas Para Sempre, histórias de vida no Ruanda". Foi uma das melhores peças de teatro que assisti! Três atores moçambicanos interpretando em português um texto criado por outro grupo, vindo do Senegal e França.

A peça trata da vida em Ruanda: A luta dos Tuts e Hutus e todo aquela história sanguenta que está viva até os dias de hoje, uma vergonha que todos somos culpados por não pormos um fim! Mas depois escrevo mais sobre isso, depois passamos na Rua d´Arte e ouvimos um pouco de Jazz para descontrair.


A boa noticia é que muitos "Putos" estão vindo para Maputo!

Esta semana L. e a namorada C. voltaram para cá, junto com o Gringo 2 (o novo americano que vive em casa) estamos em 5! Full House! Coitada da B. nossa empregada!


Dia 1 chega o Candongueiro um brazuca que trabalhou em Angola e está começando uma viagem pela África oriental, e vai começar por aqui!

"
Tudo começa amanhã, quando deixo Angola – onde vivi ao longo do último ano — rumo a Joanesburgo. Depois tem Moçambique, Zimbábue, Zâmbia, Tanzânia, Ruanda, Congo Democrático, Uganda, Quênia, Etiópia, Sudão e Egito (para ver o mapa detalhado da viagem, com todas as dicas desses amigos, clique aqui).
"

Ai vai o blog, onde ele irá postar toda a história e nós iremos acompanhar daqui a jornada!
http://candongueiro.wordpress.com/ Segue a rota! Antes de voltar para o Brasil com certeza vou usar este mapa!


Ver mapa maior

Há ainda mais dois casais se mudando para cá, um do Brasil e outro da África do Sul, e tem ainda outro de Angola que está planejando vir para cá de moto! Putos unidos em Maputo!

E para fechar o dia hoje temos uma greve de chapas (transporte coletivo), espero que não seja feito a última onde as ruas acabaram virando um campo de guerra! Ops este detalhe não havia ainda contado para minha família...

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

O Último Voo do Flamingo vai ser filmado

Hoje o Jornal Notícias deu uma pequena nota que quase passa desapercebida: "O Último Voo do Flamingo" vai ser adaptado para o cinema. Li este livro quando cheguei em Moçambique, foi meu primeiro contato com as histórias, a forma de pensar e o cotidiano do povo moçambicano.

Um trama policial leve e cheio de construções e formas narrativas bem diferentes. O que dizer de uma magia que faz as anotações do policial desaparecerem ou de uma outra que faze todos os homens na hora do orgasmo explodirem? Ainda sem estragar a história, o melhor personagem é uma mulher que tem o rosto de uma velha e o corpo de uma jovem muito sensual, por isso se passa por duas, ora mostrando o rosto, ora mostrando o corpo.

Para quem não leu vale a pena, o livro é escrito em português, mas frequentemente possui palavras de dialetos e expressões idiomáticas típicas moçambicanas.


Mia Couto (1955) é da Beira, segunda maior cidade depois de Maputo, e segundo meu amigo L.C. todos que nascem na Beira são especiais, acredito que sim, L.C. é um das poucas grandes pessoas que conheci por aqui.

O filme será realizado pela Fado Filmes (que nome hein!) em parceria com o ICA (Instituto do Cinema e do Audiovisual), RTP (Rádio Televisão Portuguesa), VídeoFilmes (do realizador brasileiro Walter Salles) e AMOCINE (Associação Moçambicana de Cineastas).

sábado, fevereiro 07, 2009

Arte contemporãnea Africana

Antes tarde do que nunca! No dia 5 deste mês foi aberta a primeira galeria de arte africana em sampa, tá certo que a arte africana estava muito bem representada pelo Museu Afro, de nosso amigo Emanuel Araújo, mas há uma grande diferença entre um museu e uma galeria de arte.

O melhor de tudo o projeto está situado no centro de São Paulo, acompanhando o projeto de revitalização do centro, a galeria é situada no edifício Seguradoras, Av. São João, para os arquitetos de plantão um prédio assinado por Oscar Niemeyer, e o projeto de residencia está localizados no Hotel Central (1916), e Ramos de Azevedo, nada mal para o início das atividades?

O projeto não para por ai, a pretenção é que o Hotel torne-se um grande centro de exposições, com instalações fixas e que participe da próxima Trienal de Arte de Luanda (Angola).

Esta primeira exposição contra com os artistas Cláudio Veiga, Ihosvanny, Kiluanji, e Yonamine.

Para ver trabalhos e ter maiores informações vale a pena visitar estes sites:

http://sachisachisachi.wordpress.com/
Folha de São Paulo nota 01
Galeria 30%

de 6 de fevereiro a 21 de março,
de segunda a sexta, das 11h às 19h;
sábado, das 11h às 16h30. SOSO: Av. São João, 313, 2º andar, tel.: (11) 3222-3973. Grátis.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Antropomorfismo de Walton Ford

Uma boa dica de arte está em NY, na Paul Kasmin Gallery, uma série de aquarelas de Walton Ford, artista contemporâneo. Lembra das pinturas naturalistas, as aquarelas dos exploradores do séc XIX? Onde se retratava a fauna e a flora como um registro cientifico? Neste caso o naturalista Ford, trabalha animais com misturas antropomórficas, alegorias ao período colonial Africano. Seguem algumas imagens das obras. E vale a pena ler a matéria no site (em inglês).

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Boer x Zuluz

Continuando o passeio dentro do Voortrekkers, talvez esta parte da história seja mais sobre o povo Zulu...
9 - Retief Informa as negociações com Dinganê


Este painel retrata o cotidiano do grupo Voortrekker já com o estado Boer formado: mulheres costurando, homens preparando o couro, a caça e interessante observar a presença de um negro trabalhando com eles (esquerda acima). Ao centro Um cavaleiro trazendo a boa noticia que Diganê (Rei Zulu) aceita se encotrar para negociar, terras em troca de gado. O grupo, Tlokwa de Sekonyela havia roubado o gado dos Zulus.

10 - Debora Retief Pinta o nome de seu pai em uma rocha


Outro local de encontro dos Voortrekkers é a rocha com o nome P. Pretief 12 de Novembro de 1837, aqui temos novamente o cotidiano pacato dos Voortrekkers, crianças brincando de boneca e de carro de boi, brinquedo feito com ossos de boi.

11 - Viagem para o Natal


Os Voortrekkers iniciam a travessia das montanhas Drakensberg em direção a Natal, uma viagem longa e difícil, cerca de 1.000 carros de bois começaram a travessia. A viagem foi muito dura, a descida das montanhas eram muito íngremes e com pedras, para esta travessia se retiravam as rodas traseiras dos carros e substituíam por troncos, que serviam de "breques" (veja detalhe)


12 - Dia da assinatura do acordo com os Zulus (4 de Fevereiro de 1838)


Lembra-se do painel 9? Então, no meio da viagem para Natal os Voortrekkers passam pelas terras dos Zulus a maior civilização da "África do Sul" para assinar um acordo onde trocariam gado por terras (14 de Fevereiro de 1838).

A esquerda o povo Zulu, todos ajoelhados em respeito a seu líder Dingane,"o Grande Elefante" sentado a mesa de negociação, a seu lado um Zulu fica com as mãos para recolher os "cuspe" é isso mesmo acredita? Segundo o que estudei ele tinha medo de ser enfeitiçado, ˜ão sei se isso era real ou apenas uma maneira de "satirizar o líder" mas em fim... A Direita o grupo dos Voortrekkers e Retief sentado a mesa de negociações.

Detalhes interessantes: Ao fundo se vê as construções típicas africanas, casas de palha circulares; a diferença entre os bancos de Dingane e Retief; a riqueza de detalhes dos dois líderes e o dedo indicando para o local de assinatura e o rei com uma pena assinando no local, será que ele sabia assinar um documento?

13 - O Golpe (6 de Fevereiro de 1838)


Após a assinatura Digane convida para que os Voortrekkers venham a Umgungundlovo para participarem de uma celebração. E no meio da celebração o povo Zulu ataca e mata todos os Voortrekkers.
70 homens e 30 negros que trabalhavam com eles foram mortos a pedras e tacapes em um local chamado até hoje de Vale da Morte, Retief foi o último a ser morto, antes teve que assistir a morte de todos, inclusive de deu filho.
Até então os homens liderados por Retief fizeram acordos e circularam as terras dos Xhosas, e Zulus, pois sabiam das guerras sangrentas por terras que marcavam estes povos, o que eles não esperavam era que os Zulus, muito parecidos com a cultura "espartana" mantinham uma cultura de guerreiros e de expansão territorial, não havendo negociação para isso, o chamado Mfeca­ne - (ver no final deste post!)

Nos detalhes: Ao fundo se vê desenho da "cidade" de Umgungundlovo em formas circulares e o único de pé, a assistir ao massacre é Retief.

14 - Ataque dos Zulus ao Laager em Bloukans (17 de Fevereiro de 1838)

Em 11 dias o exército Zulu, com cerca de 10.000 guerreiros parte de Umgungundlovo e chega a Bloukrans, onde encontra e mata cerca de 500 Voortrekkers que não esperavam pelo ataque. Deste ataque algumas sobreviventes viraram Heroínas e puderam contar suas histórias de terror: Johanna van der Merwe, foi apunhalada 21 vezes e Catharina Prinsloo, 23 vezes.

15 - O Aviso

Novamente a mulher é o foco do painel, Nete Heila e Fea Robertse e outras fogem do ataque e conseguem chegar a outro grupo Vorotreekker, liderado por Piet Uys, avisando do ataque.

16 - O Contra ataque (18 de Abril de 1838)


Piet Uys organiza um contra ataque aos Zulus, e parte fortemente armado "com carabinas", mas são emboscados e derrotados pelos guerreiros Zulus com seus grandes escudos e curtas zagaias, levavam a luta para o "corpo a corpo". O Grupo restante se reorganizou e passou a organizar a retirada dos restantes, saindo das terras Zulus. Nesta altura um novo problema abalava os Voortrekkers, seus lideres haviam caído em batalha e não havia uma pessoa forte para liderar o confronto.

17 - Herói de Guerra

Este pequeno painel, é em homenagem a Marthinus Oosthuizen, que bravamente, socorreu um laager cercado.
O laarge de Van Rensburg estava cercado e sem munição, a beira de ser destruído, quando Marthinus atravessa com seu cavalo os guerreiros Zulus levando polvora e balas para dentro do laarge, salvando da derrota certa.


Mfeca­ne foi o nome deste período onde a expansão Zulu levou a grandes migrações, fugas e consolidações de novos reinos
Alguns mas consequências desta expansão:

Moshoeshoe I do Lesotho conseguiu unificar os clãs da região montanhosa do actual território de KwaZulu-Natal, (ver mapa) construindo fortes nas montanhas e mantendo um complexo processo diplomático que permitiu a manutenção da sua autonomia face aos europeus e aos povos vizinhos, repelindo múltiplas agressões. Este processo levou à formação do atual reino do Lesotho.

Zwangendaba, um dos comandantes do exército Ndwandwe, retirou para norte com Soshangane. Continuando para além do território atual de Moçambique, fundou um Estado nguni na região entre o lago Malawi e o lago Tanganyika.

Sobhuza, um dos líderes Ngwane, por volta de 1820 conduziu o seu povo para as regiões montanhosas de maior altitude como forma de se proteger dos ataques dos Zulu. Após esta migração, os Ngwane passaram a ser conhecidos por Swazi, e Sobhuza fundou o reino Swazi naquilo que é hoje a região central da Suazilândia.

O general zulu Mzilikazi entrou em ruptura com Shaka e fundou o reino Ndebele no território que é hoje o Estado Livre de Orange e partes do Transvaal. Quando os bóeres do Grande Trek entraram naquela região em 1837, derrotas em diversas escaramuças convenceram Mzilikazi a mudar-se para o território a norte do rio Limpopo e a estabelecer um Estado Ndebele na região hoje conhecida por Matabeleland, no sul do atual Zimbabwe.

sites:
http://torredahistoriaiberica.blogspot.com/2008/11/chaka-os-zulus-e-os-beres.html

quarta-feira, janeiro 14, 2009

Os Voortrekkers

O painel que se encontra dentro da Sala dos Heróis relata anos de história de um povo, um relato longo, mas que estou adorando estudar. Dentro da Sala dos Heróis nas quatro paredes e acima das portas laterais, há um grande painel de mármore com 2.3 metros de altura que circula toda a sala. Têm 92 metros de comprimento, foi todo esculpido em alto relevo e é lá que se encontra a história dos Voortrekkers. Peço aqueles que gostam de arte que antes de lerem o que escrevo, façam um simples exercício de lerem as imagens, pois a obra é muito clara em sua narrativa e com certeza muito mais rica que um texto. (opinião de um artista plástico).

1 - Os Voortrekkers Partem da Colônia do Cabo


O primeiro painel trata do início da jornada, a saída dos Voortrekkers da Colônia do Cabo em direção ao centro do País. Nele aparecem inúmeras características do povo, seu gado, bois e carneiros, alimentos, uma saca de grãos sendo posta no carro, utensílios domésticos (na figura da feminina a esquerda) e à direita instrumentos musicais. Ao fundo a imagem do horizonte africano com suas montanhas de cume reto (o topo das montanhas são gastas). Notam-se algumas armas (duas) vale a pena observar o rico trabalho do escultor, a profundidade criada por todo o painel é "fantástica"!

2 - Os colonos Britânicos entregam uma Bíblia aos líderes dos Voortrekkers, Jacob Uys


Apesar das discórdia existente entre os Voortrekkers e os Britânicos, havia um cavalheirismo e mesmo uma ajuda entre os povos, ambos eram católicos e muitos devotos. Este painel, assim como outros, tem a fisionomia em homenagem aos homens da época, seus rostos foram esculpidos à base de fotografias de seus líderes. Thomas Phillips entrega a bíblia a Jacob Uys em sinal de agradecimento por tudo que eles haviam feito pela colônia, mais tarde eles lutariam juntos contra os Xhosa. As vestimentas de época e a atenção aos detalhes, observar ao lado esquerdo, a mulher em 45 graus, indo para de traz da figura masculina e o detalhe do sapato coberto por uma ponta de tecido. Outro ponto interessante é a idosa sentada "avó Stoffberg" uma célebre mulher da comunidade serviu de modelo para esta imagem, que aparece de pé no painel 6.

3 - Trichardt no Soutpansberg


Imagem do primeiro grupo dos Voortrekkers, em 1835 o grupo de Trichardt (figura central) parte em direção a região de Soutpansberg, onde se fixa. Ao fundo além das montanhas da região, se vê uma construção, a primeira escola, também representada pelos livros e pelo formato triangular da porta (desenho típico das construções).
O comércio do grupo também está representado: a direita um homem segura um marfim (presa de elefante) e a esquerda outro de costas carrega uma pele de animal, estes produtos eram comercializado com os portugueses. Este grupo não ficou muito tempo nestas terras, pois sofreu muito com a malária e acabaram se locomovendo em direção ao distrito de Lourenço Marques.

4 - Chegada de Trichardt a Lourenço Marques
(atual Maputo onde moro!)


Este painel contém dois momentos, a direita se vê o cenário de uma construção portuguesa com navios, Lourenço Marques. Do grupo de Trichardt, apenas vinte homens chegaram com vida, a mulher de Trichardt aparece apoiada e doente, seus homens, representado apenas pela figura do homem cansado. Trichardt aparece em pé, entregando sua arma ao governador Portugês Antônio Gamitto, representado e usando a "camisola", uniforme, Português.

5 - Ataque dos Ndebele contra os Voortrekkers em Vegkop (1836)

Outro gurpo de Voortrekkers, este liderado por Hendrik Potgieter (1792 - 1852) (esculpido no lado externo do monumento lembra?). Com um grande grupo se fixaram na região de Thaba Nchu, local onde havia uma tensão entre grupos já fixados na região. MoroKa II, rei dos Rolong (e Makwana, rei dos Taung) receberam os Voortrekkers e assinaram um tratado, onde davam terras em troca de proteção contra os Ndebele, um grupo separatista dos Zulus entraram em conflito com os Voortrekkers. O painel mostra a batalha de Vegkop onde os Voortrekkers combateram 6.000 guerreiros Ndebele.

É possível ver o sistema defensivo dos carros-de-bois posicionados em forma circular, igual ao que vemos do lado externo do monumento, entre os carros se vê o exército Ndebele em número muito maior.

Atrás dos carros os Voortrekkers armados, homens e mulheres envolvidos no combate, lutando, atirando e sendo feridos.
Em primeiro plano vemos um grupo de mulheres a carregar as armas enquanto outro grupo, formado por uma criança (homenagem ao presidente Paul Kruger que participou da batalha com 11 anos) e duas mulheres cuidando de um ferido. Esta batalha foi ganha pelos Voortrekkers, que apesar de estarem em menor número possuíam armas de fogo. A batalha levou seu gado, roubado ou morto, o que acabou prejudicando muito os Voortrekkers que ficaram sem alimento e meio de locomoção.

6 - Retief presta Juramento como Governador dos Voortrekkers

O grupo se desloca para o Rio Vet onde continua o projeto do Estado Livre, lá Retief faz o juramento perante o Reverendo Erasmus Shith (homenageado com sua escultura feita a partir de uma foto). Em seguida o grupo se dividiu em dois, uma parte seguiu Retief em direção a Natal, enquanto outra parte, liderada por Potgieter, outro líder, parte para o combate contra os Ndebele pelas terras do acordo.

7 - Batalha contra os Ndebele em eGabeni/Kapain (1837)


Agora preparado para a batatalha os Voortrekkers liderados por Potgieter entram em combate contra os Ndebele e desta vez sai vitorioso. Segundo relatos houve uma batalha sangrenta, de um lado os Voortrekkers com armas de fogo, soldados e cavalos, do outro os Ndebele, com lanças e escudos de couro de animal montados em bois. Esta batalha resultou na movimentação os Ndebele, que cruzaram o Lipompo em busca por novas terras, entrando em conflito com os Shona. Atualmente a região do Zimbawe.

8 - Acordo de paz com Moroka do Rolong


Os Voortrekkers foram muito gratos aos Rolong e ao rei MoroKa II, que os ajudaram depois da batalha de Vegkop. Este painel representa os votos de paz dos Voortrekkers que se reuniram com o rei em sinal de paz.

Acho que este "post" já está demasiado longo, mas acho que já deu para se ter uma idéia de como foi este período, a luta pela terra e o choque entre povos muito diferentes, sempre resultando em conflitos, derrota ou submissão dos povos com menor força de "fogo".

Os Ndebele apesar de serem em número muito maiores - quase 1 para 10 - não conseguiram manter suas terras e seu local, sendo obrigados a fugirem e em "dominó" entrararem em vários conflitos.


Certamente que esta narrativa deve ser deturpada, mas o principal é este monumento que ficou e conta a história através da visão dos Voortrekkers. Vale a pena procurar esta mesma história contada pelos africanos, deve ser bem diferente.

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